Quem nunca fez uma consulta de tarot acaba sempre por se perguntar:
“porque devo fazer uma consulta de taro?” ou “o que devo esperar de uma consulta
de tarot?”. A verdade é que cada tarólogo tem a sua forma própria de trabalhar,
contudo algo transversal em qualquer consulta de tarot é obter respostas para
os seus problemas e para a sua vida.
O tarot ajuda-nos a clarificar as situações, a ver as coisas
por outros olhos, ou simplesmente a confirmar a nossa intuição. Por vezes é
importante ouvirmos no exterior algo que já sentimentos dentro nós, mas que
ainda não temos a coragem suficiente para acreditar. Precisamos daquela
confirmação de que não estamos malucos.
Claro que depois cada caso é um caso, tanto nos tarólogos
como nos consultantes. Há pessoas muito espirituais, que buscam sempre por
respostas desse foro, mas existe também o oposto, pessoas muito práticas que
apenas gostariam de ter uma orientação ou saber o que decidir sobre o seu trabalho
ou vida amorosa.
Costumo dizer que o tarot é um amigo conselheiro que tem
sempre mais informação do que nós, pois para os oráculos não há tempo nem
espaço, apenas energia. Contudo, a decisão está sempre nas nossas mãos e é da
nossa responsabilidade. Quando um consultante me diz que quer muito ir para a
esquerda, mas o tarot aconselha-o vivamente a ir para a direita, digo-lhe para
seguir a intuição e ir para a esquerda. Pode haver uma aprendizagem que precisa
ser feita nesse caminho, algo que pode nem correr muito bem, mas acabe por ser
importante. Enfim, a nossa intuição deve ser sempre soberana.
A melhor sensação de ser taróloga é saber que estou a ajudar alguém,
que estamos em conjunto a encontrar respostas para os problemas e desafios, que
tentamos descortinar quais as soluções ao nosso alcance, quais as aprendizagens
com determinada situação e qual a melhor forma de agir. Sentir que posso dar um
pouco mais de confiança a alguém para seguir a sua voz interior, ficando mais
consciente das possibilidades ao seu dispor.
Claro que nem tudo é um mar de rosas, mas é essa consciência que
nos permite trabalhar em nós mesmos e seguir em frente. Quantas vezes ficamos
parados devido à indecisão, devido ao não saber minimamente o que fazer ou o
que pensar, quantas vezes achamos que estamos a criar histórias na nossa cabeça
e ver coisas onde não existem? Quando percebemos se há ou não fundamento para
tais ideias podemos caminhar com mais confiança e seguir o nosso propósito.
Se tem curiosidade faça uma consulta, de mente aberta, sem
expetativas, recetivo às mensagens que vêm. Por experiência própria, as pessoas
que mais medo tinham das cartas e daquilo que elas lhe poderiam dizer, são as
que ficam mais fascinadas e voltam a repetir a experiência. Primeiro
estranha-se e depois entranha-se. Mas pelo sim pelo não, procure um tarólogo
com quem se sinta minimamente à vontade para expor os seus problemas. Afinal, é
da sua vida íntima que vai falar.
O tarot deve servir apenas para ajudar e ele só nos dá as
respostas que devemos e merecemos saber. Não dá para fuçar na vida de
determinada pessoa apenas porque sim. É preciso haver um propósito, é preciso
haver ética, é preciso haver respeito por esta arte como ela merece.
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