segunda-feira, 4 de junho de 2018

Sim, escrevi um livro erótico

É incrível como às vezes a nossa vida dá voltas e como acabamos por fazer algo que nunca sonhámos sequer. 
Há quatro anos escrevi um livro erótico na Idade Média. Estava numa fase complicada da minha vida e simplesmente precisava canalizar toda a minha frustração para algum sitio. Tenho inúmeras ideias para livros do género, mas aquele foi o momento em que finalmente comecei a colocar as ideias no papel e dar-lhe algum sentido. Sendo uma amante de feiras e mercados medievais, fez-me sentido contar uma história naquele tempo em que o sexo era proibido.
Como leitora fervorosa que sou, pretendi dar os ingredientes que acho essenciais numa história. A acção tem um bom ritmo, os capítulos são pequenos e de fácil leitura, a linguagem é muito explicita e acessível, sem muitos floreados e sobretudo existe uma sequência lógica, tudo tem um motivo para acontecer e não se consegue perceber de antemão como é que a história vai acabar, prendendo assim o leitor até ao final. 
Claro que sou suspeita para falar sobre o meu livro, afinal fui eu que o escrevi, mas surpreendi-me comigo mesmo por ter conseguido passar aquela ideia para o papel e para ser sincera, até gostava bastante do que tinha escrito. Pode não ser um Nobel, mas com certeza que já li coisas piores.
A verdade é que o tempo foi passando e, além de alguns amigos mais próximos que tiveram curiosidade de ler o conto, ele ficou na gaveta até agora. 
O inicio deste ano foi de grandes reviravoltas. Estava uma vez mais a terminar um relacionamento e a repetir um padrão e foi então que vi um desafio em um grupo que sigo no facebook sobre fazer a oração do merecimento da Louise Hay. Tirei a oração para um papel e comecei a fazer todos os dias de manhã e há noite. Confesso que nem sempre prestava grande atenção às palavras que pronunciava, mas havia uma parte que sempre me despertava "Mereço a liberdade de ser tudo o que possa ser."
No inicio de Março voltei a escrever. Mais um livro que estava há anos na minha mente e merecia ver a luz do dia. Durante esse tempo surgiu-me o concurso de uma editora que procurava novos escritores, concorri e passado dois meses vi o meu livro editado. 
Foi uma sensação indescritível e continua a ser, sempre que recebo o feedback de alguém que vibra tanto com a história e as personagens como eu. 
A escrita era algo que estava em mim e nunca tive a coragem ou a disponibilidade mental devida para explorar e agora com tudo isto não consigo parar de escrever. As ideias têm fluido em cascata só quero escrever mais e mais. Isto para dizer que nem sempre sabemos todo o potencial que existe em nós e acredito que a oração me tenha ajudado bastante a desbloquear esse caminho. 
Deixo aqui os links para quem tiver curiosidade em ver o livro e espero que gostem tanto como eu. O título é "A Idade das Trevas" e escrevo com o pseudónimo N. A. Freya, em homenagem a três Deusas do Sagrado Feminino.



 

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